Nascido com as catedrais góticas dos séculos XII e XIII, o vitral é uma técnica que traduz uma verdade revolucionária: graças a Jesus Cristo todo o universo se revela como uma grande Luz – “Deus é Luz”- e cada Homem é o reflexo dessa luz criadora que tudo transforma.
Desde o início, o vitral concentrou em si o místico, o teológico e o poético que, sublimados pela força energética da luz, convidam a passar da “cidade terrena à celeste”. Enquanto técnica artística e expressiva permite “transformar a luz material em luz metafísica”, conferindo às formas e temas abordados um carácter imaterial e convidando o observador a ver para além do céu. Por isso mesmo, o vitral é uma arte que não se limita a ser uma técnica de justaposição de vidros coloridos, ligados por fios de chumbo; neles são representadas formas e figuras que, ao permitirem que a luz flutue através das suas cores, inundam o espaço sagrado de uma matéria que nos fala, pois pretende-se, através dessa surpreendente mensagem cromática, alcançar a revelação do indizível que é Deus. |
O Vitral é das expressões artísticas, aquela que mais confia na luz.
O processo para desenhar/conceber um vitral artístico pressupõe o pleno conhecimento técnico da sua realização . Este processo é complexo exigindo respeito pela sucessão cronológica das várias fases de elaboração.
Na fase do projecto/desenho à escala, a proposta de cortes para os vidros deve ser querente e de forma a contribuir para a consolidação da estrutura do vitral, depois de ligado/soldado com o fio de chumbo.